sexta-feira, 31 de julho de 2009

Quem sou eu?


Mulher, mãe, esposa, filha, artista e aqui em muitas subdivisões! Atriz formada por um curso de extensão da UFC Curso de Arte Dramática - CAD. Integrante do Grupo Espírita de Teatro Leopoldo Machado - LEMA por 15 anos como atriz e assistente de direção. Também danço e canto e, embora não seja profissional, nunca fiz feio, sou também artesã e aqui há também muitas subdivisões: pintura em tecido, bonecas de pano, scrapboock digital, decoupage e colagem. Leitora ávida, assim como ávida por conhecimento.
Tenho dois filhos, um menino e uma menina, tenho, também, dois bichos de estimação, uma gata (Nana), uma siamesa parda e uma cadela (Jady), uma SRD - Sem Raça Definida, mas parece uma labradora em tamanho médio. Ainda são crianças, nenhuma tem um ano de idade ainda, são duas crianças peraltas e amigas e eu as amo muito, pois tanto meus filhos, um adolescente e uma bebê, quanto meus bichinhos me ajudam nessa fase difícil.
Não sei se fui ou sou boa filha, assim como se sou boa mãe e boa esposa, não sei se tenho, de fato, talento pra algumas das artes que tanto me seduzem, mas sei que amo tudo que tenho. Minha arte, minha família, minha mãe.
mas minha vida está toda errada, quero recomeçar e agora do jeito certo, quero fazer o que amo, não o que me dizer ser o certo, quero seguir minha carreira de atriz, quero fazer novamente minhas bonecas e pintar meus tecidos, quero voltar a dançar e cantar, quero voltar a ler com aquela avidez de antes e da mesma forma voltar a escrever. Quero e vou conseguir, vou voltar, não pra viver do passado, mas pra resgatar quem fui e quero voltar a ser e fazer e, principalmente, voltar a ser feliz, me sentir amada de novo e amar mais uma vez, mais outra vez, quantas vezes a vida me der oportunidade de amar e sorrir.
Vou voltar a ser eu, Cristiana Glaudma, atriz, artista, forte, feliz...

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Porto de minh'alma


Hoje foi assim, mais uma consulta, aumento da medicação, reunião entre coordenadores e residentes, novo tratamento, muita raiva por ter que sair de casa, decobri em que porto minha alma está. Descobri que toda aquela sensibilidade, que meu amor pela arte, pela cência em especial, foi sufocada pela mulher que eu achava que tinha que ser, pela mulher que achavam que eu tinha que ser.
A dança, a música, o teatro e o artesanato foram colocados de lado e a sensibilidade foi enterrada pela couraça que tive de vestir, pelo muro que construí e isso doeu e ainda dói e dói muito, desesperadamente. Não quero mais isso, quero ser quem eu deveria ter sido, quero fazer bonecas de pano de sorrisos largos e grandes, pintar tecidos, dançar, cantar, interpretar, quero criar, ser quem sou, e se tiver que ser dificil será, mas vou voltar a ser quem sou.
Não quero mais essa dor, não quero mais chorar, quero me reencontrar, voltar a me amar, a sorrir e ser feliz...
Sabe, sempre que alguém dizia que sofre de depressão dizia que um dia acordou e resolveu tomar as rédias de sua prórpia vida de volta eu não sabia como isso podia ser, mas agora sei... chega de culpa, chega de carregar a cruz alheia, chega!

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Transtorno Bipolar


O Transtorno Bipolar é uma doença que se caracteriza pela alternância de humor, sendo que ora a pessoa fica eufórica, ora deprimida, intercalando com períodos de normalidade. Apesar de transtorno bipolar do humor nem sempre ser facilmente identificado.

No transtorno bipolar: Aumento de energia e disposição; Humor eufórico; Irritabilidade, impaciência, "pavio curto"; Distração; Exaltação; Pensamento acelerado, tagarelice; Insônia; Otimismo exagerado, aumento da auto-estima; Gastos excessivos; Falta de senso crítico;
Em casos mais graves pode ocorrer: Delírios e alucinações; Abuso de álcool ou drogas;· Idéias de suicídio; Desinibição exagerada; Comportamentos inadequados.

Na depressão: Desânimo, cansaço mental; Dificuldade de concentração, esquecimento; Isolamento social e familiar; Apatia, desmotivação; Sentimento de medo, insegurança, desespero e vazio; Pessimismo, idéias de culpa; Baixa auto-estima; Alteração do apetite; Redução da libido; Aumento do sono;
Em casos mais graves pode ocorrer: Dores e problemas físicos como, cefaléia, sintomas gastrintestinais, dores pelo corpo e pressão no peito; Idéias suicidas.

Desde que tudo isso começou passei por diversas fases, inicialmente além da depressão tive síndrome do pânico, em seguida, desenvolvi a agorofobia (medo de gente) e agora o transtorno bipolar.
E isso tudo parece não ter fim, mesmo acompanhada por bons médicos, mesmo tendo o apóio da família e dos amigos, mesmo tendo o apóio da fé... nas horas de crise, nada faz sentido, tudo se transforma em um grande vazio e a sensação de que nada vale a pena é muito maior e mais forte.

terça-feira, 28 de julho de 2009

Esperança


Desculpem-me, queria ser mais otimista, ter mais esperança, mas só consigo ver a escuridão e junto com ela a dor e a solidão, mesmo que o sol bbrilhe diante de mim, as trevas são mais fortes... desculpem-se.

Morte


Todos os dias eu penso em morrer, como se tal ato fosse uma benção... ontem chorei nos braços dele, havia um nó na garganta, queria ir embora, ainda quero, mas não sei como fazê-lo, pois não se trata de arrumar uma mochila e ir simplesmente, eu deixaria meus filhos pra trás e eles jamais me perdoariam. quis a morte quando quase cortei os pulsos, eu a quis novamente quando tomei seis comprimidos pra dormir, deveriam ser dez, mas dormi antes de conseguir terminar de tomar todas, quero a morte sempre desde que amanhece até ao anoitecer... convivo com ela a cada segundo.
Sabe o que é pior? É querê-la e saber que não poderei tê-la, não até que Deus decida, foi assim que Ele me ensinou e dessa lição não esqueço, mesmo quando tento abreviar a vida, tendo implorando que não dê certo, por que me arrependo antes de tentar.
Estranho não? Não quero comer, não conseguir sorrir de verdade há muito tempo, não consigo fazer um carinho em meus filhos, expulso-os de perto de mim o tempo inteiro, não quero que eles sofram, embora os faça sofrer. O homem que me ama e venera tem de mim apemas a amizade, a gratidão e o bem querer, nada mais. Ele cuida de mim como se cuidasse de uma criança doente, especial, única e na verdade, me sinto um nada. Quando não estou aos berros e odiando a todos, estou chorando desesperadamente sem nenhuma esperança no peito.
As pessoas que amo, dizem que me amam, não acredito nelas, pois não confio em ninguém, mas as amo mesmo assim, como todo meu coração, com todo amor que se possa dar a alguém, espero que isso seja importante pra alguém... espero!

segunda-feira, 27 de julho de 2009

A morte...


Quis a morte ontem novamente, peguei cartelas de remádio, mas a coragem faltou, tomei seis, cápsulas, assim não morreria, mas fugiria pelo menos por um dia de tanta dor e angustia. Agora choro enquanto escrevo e tudo que queria era sorrir como antes. Ontem ouvi uma doente de depressão dizer que um dia ela levantou e disse "basta", vou voltar a viver.. como se faz isso? Porque a única vontade que tenho e de acordae e dizer "já", quero dormir e continuar fungindo. sem essa vergonha de ser covarde, de não ter forças, de ser tão frágil, de ser tão rídicula. "pense positivo", todos dizem, se eu pudesse pensar positivo não estaria sim, não seria tão inútil, tão incapaz, tão...

domingo, 26 de julho de 2009

120, 150, 200 km por hora... por Marília Pêra


As coisas estão passando mais depressa
O ponteiro marca 120
O tempo diminui
As árvores passam como vultos
A vida passa
O tempo passa
Estou a 130
As imagens se confundem
Estou fugindo de mim mesma
Fugindo do passado
Do meu mundo assombrado
Da tristeza
Da incerteza
Estou a 140
Fugindo da vida

Eu vou voando pela estrada
Sem querer chegar
Nada vai mudar meu rumo
Nem me fazer voltar

Vivo fugindo sem destino algum
Sigo caminhos que me levam a lugar nenhum

O ponteiro marca 150
Tudo passa ainda mais depressa
O amor, a felicidade
O vento afasta uma lágrima
Que começa a rolar no meu rosto
Estou a 160
Vou acender os faróis
Já é noite
Agora só as luzes passam por mim
Sinto um vazio imenso
Estou só na escuridão
A 180
Estou fugindo da vida

Eu vou sem saber pra onde
Nem quando vou parar
Não, não deixo marcas no caminho
Pra não saber voltar

Só sinto que o mundo se esqueceu de mim
Não, não sei por quanto tempo ainda
Eu vou viver assim

O ponteiro agora marca 190
Por um momento tive a sensação de ter vontade de viver
Mas meu mundo está vazio
Estou só
A 200 por hora
Vou parar de pensar

UMA DIVA CANTANDO ROBERTO, MAS A LETRA EU MODIFIQUEI, POIS SOU EU A CORRER DA VIDA, DAQUELA QUE NÃO QUERO MAIS, POIS ME FAZ SOFRER, PORQUE DÓI E ESTOU SÓ, SÓ...

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Solidão


É tão decepcionante abrir sua caixa de e-mail e só encontrar lá e-mails de propaganda e spans. Não há e-mails de amigos, não conversas virtuais, não há contatos. Tem-se assim a certeza da ausência de amigos verdadeiros, de pessoas que se importem com você e que sintam sua falta. Pode-se então perceber a falta de importância da sua existência para as pessoas que a gente julga serem importantes e que te consideram importantes.
Faz tanto tempo que não recebo e-mails assim. E-mails de amigos querendo saber de você, querendo notícias suas, ou mesmo para falar bobagem e nada mais. Criei esse blog na esperança de manter contatos com esses amigos, de poder fazer com que acompanhassem meu drama nessa crise, mas nenhum deles se manifestou e a certeza que você realmente não tem importância na vida dessas pessoas que você julga importantes apenas aumenta, assim como a dor, a angústia e a solidão.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Abstinência


Hoje deveria ser o fim da abstinência de medicamentos do meu tratamento, mas parece que a abstinência começou hoje. Passei o dia irritada, com fortes dores na nuca, com uma fontade imensa de desaparecer... queria sair e andar, andar sem destino, sem companhia, sem rumo ou relógio. Esquecer de mim, da vida e do mundo. arrancar essa angustia, essa solidão, esse medo e essa dor do meu peito e chorar sem medo de ser julgada ou ter que ser consolada.
Preciso de um tempo, de ficar só, pra me encontrar, pra pensar... sei lá... expurgar essa coisa que me consome, que me devora de dentro pra fora e que me paralisa.

terça-feira, 21 de julho de 2009

DEPRESSÃO, um mal necessário...


É sempre difícil e mesmo bastante complicado admitir quem si é na verdade. Aceitar defeitos, fazer emergir o pior de seu intimo, descobrir suas reais mazelas, o que te reprime, oprime e deprime... buscar lá dentro de você o que mais te causa dor, vazio, solidão, decepção e depois disso tudo manter-se sã, dona de sua razão, quando na verdade o que si realmente deseja é o esquecimento, o silêncio, o sono eterno. Tentei sim uma vez, mas sei que essa atitude nada resolveria, apenas mais uma fuga para lugar nenhum.
Após tudo isso posso dizer que me sinto melhor, apesar da angústia, da dor, da ansiedade, do vazio e das vezes que penso em desistir. A noite, enquanto dormem, olho-os em seus sonos cheios de sonhos esperançosos e temo por mim e por eles. São meus filhos, meus sustentáculos, minha certeza de que fulga nenhuma vale a pena, porque eles ficariam e teriam que carregar um fardo que não lhes pertence.
Não sou dona de mim e nem deles, sou responsável pelo que me foi dado em confiança por Deus, e juro, tento lembrar disso a cada segundo, tudo me foi emprestado, a mim resta cuidar com responsabilidade o que DEUS me emprestou por acréscimo de sua misericórdia. Uma nova chance, mas uma dentre muitas, de ser feliz, dew evoluir, ce crescer e de levar junto comigo os que amo, então é a Ele que peço ajuda sempre que sua luz me falta... corro a busca-la novamente e imploro Seu persão mais uma vez, por minha fraqueza e incapacidade. Ele então me mostra os amigos que tanto me amam e oram por mim, acreditando que voltarei a viver como antes, forte, determinada, sem medo, sem dor, sem vazios prolongados... agora todos dormem, apenas eu permaneço assim, sem perspectivas, sem sono, sem vontade de viver, de fazer qualquer coisa que me faça sentir que a vida vale a pena e que as pessoas não são minhas inimigas, são apenas pessoas, como eu, apenas isso, pessoas.