terça-feira, 13 de julho de 2010

Parcilamente Nublado

Lindo!



Um alento em um dia nublado.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

No quintal!

Sábado a noite... o quintal !
Vida de novo
viva mais uma vez
pensei querer outra, mas quero esta mesmo, embora confusa...
Quero esta vida, minha vida, com todas as falhas, erros, distúrbios, enfim...
Quem disse que tinha que ser perfeita? Quem falou que não se poderia cometer erros e depois tentar acertar mais uma vez?
Quem disse!
Acho que ninguém...
Coisa minha, coisa nossa pelo que vi...
Foi assim, em meio a amigos e amores que me dei conta de que a melhor vida a ser vivida é mesmo esta, a minha.
Um dia de cada vez, um sentimento por vez... por favor não furem a fila, não aceitarei mais nenhuma insubordinação: ansiedade, volta lá para o seu lugar. Teimosia!
Parece eu, querendo atropelar tudo, passar por cima de todos, inclusive de mim. Grande coisa!
No quintal: música, dança, teatro, risos, paços, bocas, sorrisos, pés, violão, piano, amores, saudades, petiscos e a xoxota (bebida caseira feita pela dona do quintal) rolando solta... uma delícia, assim como só a dona da casa!
Uma profusão de sensações... canela, erva-doce, morango, cachaça e... sei lá mais o quê! bebida doce e quente, explodindo na cabeça e no peito, assim como tudo na vida!
Depois decepções, descobertas, recomeço definido, caminho inteiro a seguir, começando de novo, embora não seja do marco zero, mas recomeço assim mesmo, um pé e depois o outro e depois mais um assim, um dia, chego lá!
Onde? Quem quer saber? Só sei que vou, tentando sempre, mas indo, seguindo, andando, buscando, vivendo, amando, me decepcionando, reencontrando (amores, pessoas, sentimentos, emoções, sensações, paixões, desejos), indo!
Quanto as paredes brancas, aquelas que me angustiavam, decidi pinta-las... que cor? Todas, e rosas, e manchas, e cores, e sonhos... alguém quer vir pintar comigo?
Sem prentensão de ser artista, só pintar mesmo, a mão livre, de qualquer jeito, meus filhos estarão lá, ah estarão, pintando comigo, várias cores e pincéis e muita alegria... o quarto é pequeno, sem cadeiras, comida não tem, mas quem quiser, esteja a vontade, minhas paredes são suas, meu chão de todos, e a água a gente divide, prometo.

quinta-feira, 8 de julho de 2010


Nunca fui apegada a bens materiais. De comprar sim, isso sempre gostei. Quando passei para mais essa etapa da minha vida resolvi seguir sozinha, praticamente sem nada, levei comigo o essencial. O puxadinho, aquele que reformava a duras penas, minha mãe precisou, então me mudei para as quatro paredes brancas que hoje habito.
Pouco de bens materiais levei comigo, deixando pra trás tudo que me lembrasse minha última crise, além de algumas coisas importantes que ainda não tenho onde guardar entre as quatro paredes brancas da minha vida.
Esta semana deixei de tomar todos os remédios para a depressão, reduzi até chegar ao ponto de poder tirá-los com uma margem segura de abstinência, assim pensei. Mas tenho estado em crise desde então e ontem, sozinha, em crise, na escuridão bruxuleante do meu isolamento branco, enxerguei fantasmas do passado e do presente entre meus parcos objetos pessoais.
Entre lágrimas e desespero olhei ao meu redor e entre as paredes pude ver tudo àquilo que habita meu mundo hoje:
Gaveteiros que hoje guardam roupas, lençóis e toalhas.
Ventilador e TV de 14’ que tem mais fantasmas que uma festa da família Adams.
Frigobar emprestado de uma amiga que tem essencialmente água e leite.
Cesto de roupas sujas, as quais mando lavar toda semana na máquina de que comprei e deixei na casa da minha irmã para uso coletivo.
Caixas de sapatos, dois pares de calçados por caixa (uma rasteirinha e uma de salto).
Roupas penduradas nos três armadores de rede.
Estante que guarda nessa ordem (de baixo pra cima) vasilhas plásticas, meus badulaques e penduricalhos, um aparelho de DVD (ainda estou pagando), todo alimento da casa, leite e chocolate em pó, semente de linhaça e aveia, meus CDs gravados ao longo dos cinco anos vividos ao lado da minha família. Na pia, em cima um liquidificador (presente da minha irmã), embaixo dela uma bacia, balde, material de limpeza, garrafão.
As panelas? Desculpa Renata, ficaram com minha irmã.
Os pratos? Perdoe-me Évna, minha mãe tinha apenas uns três pratos meio aos pedaços.
Cama, guarda-roupas, fogão, geladeira? Uma parte ficou com minha irmã, outra parte pagou a mudança da mamãe para o puxadinho e há algumas coisas à venda.
De mim? Apenas os cacos, alguns pedaços espalhados entre as quatro paredes brancas da minha vida, hoje nem mais tão brancas assim, mas vazias como eu...
Da minha rede, em todas essas noites insones, olho um espaço aberto no meu teto que imagino ter sido, um dia, um jardim de inverno, por lá vejo refletidas as luzes dos postes que brilham a noite inteira até que o sol (que há muito mandei embora) brilhe e ilumine mais um dia.


Lembro do aviso sábio de um grande amigo: Cris, você vai terminar sozinha... Mas eu busquei avidamente essas paredes brancas e vazias, como se disso dependesse minha vida, mas agora, finalmente só, pois mandei a todos embora, sofro com a mesma avidez com a qual as busquei.
Deixei para trás família, deixei pelo caminho os filhos (há quem não me perdoe por isso até hoje), mandei embora o SOL que raia longe e não brilha mais pra mim e como essa distância dói hoje.
Fui incapaz de me deixar amar e hoje olho pra traz e vejo todo estrago que fiz na vida de quem tentou incansavelmente me amar a todo custo, a qualquer preço, de qualquer jeito. Vejo um grande rastro de tristeza e incertezas e como dói... por Deus, não queria mais sentir essa dor, não essa que há tanto tempo não sentia, mas que agora me sufoca.
Ontem, mais uma vez insone, em meio a essa infindável crise e lágrimas, dores e medos, olhei aquela caixa verde de MDF que ainda guardava os remédios de outros tempos e pensei neles como um modo de silenciar todas as vozes que teimavam em ecoar na minha mente, então eu os peguei, levei-os ao banheiro e joguei-os todos na privada dando descarga em seguida. Vi então esvair-se minha fuga nada estratégica, literalmente, ralo abaixo e de resto a noite inteira pela frente, mais uma vez na companhia da dor, do silêncio e da escuridão.
Entre um cochilo e outro, mais dor, mais lágrimas, mais medo, mais solidão, mais tremor e esse nó na garganta que não se desfaz nunca e essa dor na nuca cada vez maior e esse mal estar, essa ânsia de vômito, essa dor no estômago e nas pernas e na cabeça e na vida... aaaaiiiiiii que vida, que dor?!

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Desabafo!!!

Fiz de mim uma inútil, transformei minha vida e a dos que me rodeavam em um verdadeiro inferno. Consegui transformar terra fértil em deserto e agora sofro frente a falta de todo e qualquer sentimento.
Passei a vida inteira em busca do que já tinha, mandei embora, afastei de mim os que me amavam e antes onde havia amor agora há apenas dor e solidão.
Luto para sair desse poço profundo onde caí e descobri, ao chegar a superficie que não há mais nada e nem ninguém só não o silêncio, pois meus gritos cortam o ar como uma faca afiada.
Nem sei o que faço aqui, nem sei de há alguém para me ouvir, não vejo ninguém, nem mesmo a mim, apenas sinto, as lágrimas que queimam minha pele ressequida.
O que faço agora? Para onde vou? O que faço com as lágrimas que entalam minha garganta? E com as lágrimas que lavam meu rosto e meus seios murchos? O que faço dessa sede de amar e amor que me toma de assalto como uma sentença de morte há tanto anunciada?
Tantas perguntas e nenhuma resposta, não há quem as responda, mandei todos embora, só não consegui me livrar da minha consciência, do meu eu, do meu desejo, da minha sede de ser feliz, dos meus sonhos.
Sonhos e desejos há tanto adormecidos, amordaçados, hoje gritam dentro de mim, querem correr o mundo, sair de mim, mas dói, dói muito.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Ah quanto tempo...


Nossa, faz uma eternindade, reencontrie o blog ao mesmo tempo em que busco me reencontrar, talvez seja um sinal...