terça-feira, 28 de julho de 2009

Morte


Todos os dias eu penso em morrer, como se tal ato fosse uma benção... ontem chorei nos braços dele, havia um nó na garganta, queria ir embora, ainda quero, mas não sei como fazê-lo, pois não se trata de arrumar uma mochila e ir simplesmente, eu deixaria meus filhos pra trás e eles jamais me perdoariam. quis a morte quando quase cortei os pulsos, eu a quis novamente quando tomei seis comprimidos pra dormir, deveriam ser dez, mas dormi antes de conseguir terminar de tomar todas, quero a morte sempre desde que amanhece até ao anoitecer... convivo com ela a cada segundo.
Sabe o que é pior? É querê-la e saber que não poderei tê-la, não até que Deus decida, foi assim que Ele me ensinou e dessa lição não esqueço, mesmo quando tento abreviar a vida, tendo implorando que não dê certo, por que me arrependo antes de tentar.
Estranho não? Não quero comer, não conseguir sorrir de verdade há muito tempo, não consigo fazer um carinho em meus filhos, expulso-os de perto de mim o tempo inteiro, não quero que eles sofram, embora os faça sofrer. O homem que me ama e venera tem de mim apemas a amizade, a gratidão e o bem querer, nada mais. Ele cuida de mim como se cuidasse de uma criança doente, especial, única e na verdade, me sinto um nada. Quando não estou aos berros e odiando a todos, estou chorando desesperadamente sem nenhuma esperança no peito.
As pessoas que amo, dizem que me amam, não acredito nelas, pois não confio em ninguém, mas as amo mesmo assim, como todo meu coração, com todo amor que se possa dar a alguém, espero que isso seja importante pra alguém... espero!

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